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DRT - Documentos Resistência Timorense - Ramos-Horta (Em tratamento)
Logo em início de 2002, quando a Fundação Mário Soares preparava a Exposição, a pedido das autoridades timorenses, para assinala a Restauração da Independência, José Ramos-Horta foi um dos primeiro doadores de documentos, que se encontravam em Lisboa no seu Gabinete do Nobel da Paz e que viriam a constituir a génese do Arquivo da Resistencia Timorense. Trata-se dum importante núcleo documental, incluindo registos fotográficos, que reflete a articulação entre a Frente Armada e a Frente Diplomática, bem como o papel da Frente Clandestina e o apoio dos movimentos de solidariedade, desde o período inicial de ocupação até à autodeterminação. Em 1975, José Ramos-Horta assumiu a pasta de Ministro da Informação e das Relações Exteriores no Governo da República Democrática de Timor-Leste (RDTL), após a Proclamação Unilateral da Independência, a 28 de Novembro de 1975, tendo saído do território com a incumbência de no Exterior desenvolver atividade Diplomática contra a ocupação ilegítima do território pelas forças militares indonésias. Nos vinte anos seguintes viajou por todo o mundo em defesa da causa timorense, sobretudo nas Nações Unidas. Assumiu o cargo de Representante Permanente junto da ONU, foi o Representante Especial do CNRM e Representante Pessoal de Kay Rala Xanana Gusmão. A sua luta pela Autodeterminação de Timor-Leste valeu-lhe o Prémio Nobel da Paz, em 1996, partilhado com o Bispo D. Ximenes Belo. Em meados da década de 1980, começou a defender o diálogo com a Indonésia e, em 1992, apresentou um Plano de Paz. Continha propostas concretas de cooperação humanitária com a potência ocupante e uma crescente presença internacional liderada pela ONU. Isto serviria para lançar as bases para a retirada e autodeterminação da Indonésia para o povo timorense.