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In Memoriam          

2022-12-06 - In Memoriam

Jill Jolliffe 1945 - 2022

Jill Jolliffe, faleceu no dia dois. Jornalista e escritora freelancer baseada em Darwin, iniciou a sua carreira em Timor-Leste em 1975.

Testemunhou as primeiras incursões militares terrestres indonésias em Timor-Leste em Setembro de 1975, antecedentes da Invasão em larga escala por Ar, Mar e Terra a 7 de Dezembro de 1975.

Deu a conhecer ao Mundo o assassinato dos cinco jornalistas em Balibó, pelas forças indonésias. Denunciou persistentemente os horrores da longa ocupação militar indonésia, reconhecida e apoiada pela vizinha Austrália.

“Jill é uma heroína do Povo Timorense. Com grande sacrifício, riscos pessoais, Jill apoiou a nossa Luta pela Independência”, palavras de Xanana Gusmão. Recorda que Jill Jolliffe se encontrava em Dili para a reportagem da Proclamação Unilateral da Independência da República de Timor-Leste, 28 de Novembro de 1975. Tirou fotos dos líderes, incluindo o Presidente Nicolau Lobato, que se tornaram ícones para a Nação.

Jill foi evacuada pela Cruz Vermelha Internacional quatro dias antes da Invasão militar indonésia. Regressou à Austrália antes de partir para Portugal, onde viveu 20 anos.

Jill Jolliffe foi uma incansável activista da causa de Timor-Leste, expondo ao Mundo os horrores da ocupação.

Em jeito de conclusão, Xanana Gusmão considera que Jill foi uma activista, uma rebelde e lutadora. Com um grande custo para si própria, persistentemente denunciou a realidade da ocupação militar indonésia de Timor-Leste e apoiou a Luta do nosso Povo. Terá sempre um lugar especial na história da nossa Nação. É uma de nós. (in https://web.facebook.com/profile.php?id=100038071296241)

Em 1994, entrou clandestinamente em Timor Leste para se encontrar com Nino Konis Santana, no seu Abrigo em Mirtuto, em casa de Caetano Ximenes e Isabel Trindade.

Foi correspondente da Nation Review, Reuters, UPI, The Guardian, The Sunday Times, The Age, Sydney Morning Herald e BBC.

In Memoriam, kim McGrath escreve que Jill Jolliffe viveu sua vida com paixão, compromisso político e integridade. Foi uma das poucas jornalistas a desafiar o apoio da Austrália à ocupação do Timor Leste pelo regime de Suharto. Ela foi a voz mais alta tentando expor a responsabilidade dos militares indonésios pelo assassinato, em outubro de 1975, de cinco jornalistas australianos baseados no então Timor Português. Ela era uma mulher corajosa e de princípios que deixou nosso mundo um lugar melhor. (https://web.facebook.com/kim.mcgrath.773)

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