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Diretor Executivo e Presidente do AMRT,I.P - Antoninho Baptista Alves

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Antoninho Baptista Alves, nome de baptismo, nasceu a 10 de Maio de 1965 em Samoro, povoação e Suco do Distrito de Manatuto, Sub Distrito de Soibada. Nome gentio Maubere. Pertence à Uma Lisan, Casa Sagrada, de Atabada, Nunpu, Dato Rae Letlau e Sur Hati.

Nome de Código de guerra, Hamar.

Numa noite, em 1996, quando se encontrava no Abrigo de Mirtuto, sonhou que seu Avô lhe disse que, para salvar a sua vida, “a partir de hoje o seu nome é Hali Mau Rai.”

Ao acordar contou o sonho a Nino Konis Santana, Comandante do Conselho Executivo da Luta Frente Armada/Frente Clandestina, e a Somotxo, Secretário da Região IV. Somotxo, sugeriu que transformasse o nome Hali Mau Rai na sigla Hamar, código que passou a usar a partir de então.

A sua infância foi passada em Soibada, ali tendo iniciado a Escola Primária, em 1972, na Missão de Soibada.

Em 1975, então a frequentar a 2a  Classe, a Invasão Militar da Indonésia obrigou-o, com a sua família, a refugiar-se no Mato para fugir aos bombardeamentos e à barbárie das forças ocupantes.

Passou a juventude no Mato com a família, na Base de Apoio Fronteira Sul, de 1975 até 1980, data em que foi capturado, com a sua família, pelas forcas militares indonésias, na área de companhia Hanimilik, área de Lehu Tula, Subdistrito de Soibada, como tantos outros milhares de timorenses aquando da queda das Bases de Resistência.

Regressa com a família à sua aldeia de Samoro em 1980, onde permanece durante algum tempo.

A partir de 1983, ano das negociações do Cessar Fogo entre o Comando da Luta e as autoridades ocupantes, fica em Dili, em casa de familiares. A partir de 1985 participa na organização de grupos clandestinos.

Após a visita de João Paulo II a Timor-Leste, a 12 de Outubro de 1989, é capturado em Dili pelas forças ocupantes, a 15 de Outubro de 1989, sob acusação de envolvimento nas acções estudantis de protesto no Externato São José e Santo António. Detido na Prisão Militar de Colmera, só viria a ser libertado no ano seguinte, a 7 de Dezembro de 1989.

Em Setembro 1991 - momento em que a Resistência organizava entusiasticamente a recepção à anunciada Visita da Delegação Parlamentar Portuguesa, nela vendo um momento único para projectar a Causa de Timor-Leste na arena internacional, que acabou por ser cancelada gorando todas as expectativas do Comando da Luta - foi novamente capturado sob desconfiança de envolvimento no esconderijo de Kay Rala Xanana Gusmão (primeira vez que regressou a Dili desde a retirada para as Montanhas para combater as forças invasoras estrangeiras, após a Invasão a 7 de Dezembro de 1975) e outros comandantes de guerrilha.

Fica preso até 1992, na Prisão Militar do Farol, Prisão de Colmera e, depois, transferido para prisão Militar de Balide.

Depois da captura de Kay Rala Xanana Gusmão, a 20 de Novembro de 1992, no Abrigo de Lahane, é transferido para Prisão Militar em Aileu, Zona de Aileu, área de Madebeno, aí permanecendo até 1993. Posto em liberdade condicional, em Díli, é obrigada a assistir julgamento Kay Rala Xanana Gusmão, no Tribunal de Dili.

Em meados de 1993 inicia funções como Estafeta de Ligação do Comando da Luta Frente Armada e Frente Clandestina, que exerce até finais de 1994.

A partir de 1995, e até 1998, é Escolto do Chefe do Conselho Executivo da Luta, Frente Armada/Frente Clandestina, Nino Konis Santana.

Entretanto, em 1996, a fim de cumprir uma missão especial, é nomeado responsável de ligação com o Enviado Especial do Comandante da Luta, Shalar Kosi/Avelino Coelho, então Colaborador do Estado-Maior das FALINTIL.

Em 1998, é nomeado Assistente Político da Região IV e colocado na Fronteira Sul, funções que desempenha até à realização da Consulta Popular.

Em 2002, foi nomeado pelo Presidente da República Democrática de Timor Leste, Kay Rala Xanana Gusmão, para o cargo de Vice-Coordenador da Comissão para os Assuntos dos Antigos Combatentes (CAAC) e Comissão para os Quadros da Resistência (CAQR) funções que exerce até 2005

Em  2005 foi indigitado Director Interino do Arquivo e Museu da Resistência Timorense (AMRT).

Em 2006, é nomeado para o cargo de Director Executivo & Presidente do Arquivo e Museu da Resistência Timorense (AMRT), que exerce  até 2014.

Ao abrigo do Estatuto do AMRT, I.P., Decreto de Lei 3 de Setembro no. 22/2014 do V Governo Constitucional, em 2015 é reconduzido no cargo pelo VI Governo.

Entretanto, em 2012 foi indigitado pelo Presidente da República Democrática de Timor Leste, Taur Matan Ruak, para Membro do Concelho da Defesa e Segurança, cargo que desempenha até 2017.

Em 2019 é mais uma vez reconduzido no cargo de Director Executivo & Presidente do Arquivo & Museu da Resistência Timorense, Instituto Público (AMRT, I.P.), pelo VIII Governo, mandato que se estende até 2023.

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